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Conflito na cúpula da Assembleia de Deus Belém evidencia disputa de poder entre José Wellington pai e filho após impasse sobre administração da igreja.
Uma crise sem precedentes abala os bastidores da Assembleia de Deus Ministério Belém, uma das mais influentes denominações evangélicas do Brasil. Informações obtidas por fontes próximas à cúpula da igreja revelam um confronto direto entre o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente de honra da CGADB, e seu filho, o pastor José Wellington Júnior, conhecido como “Dueliton”.
O estopim da tensão teria sido a tentativa do pastor José Wellington pai de demitir o CEO da igreja, o senhor André Tsuchita. Ele atua como administrador-geral da instituição, com funções similares às de um diretor-executivo de grandes corporações.
A decisão do patriarca foi motivada por um impasse envolvendo o pastor Lelis Washington, setorial da AD em Atibaia e presidente da comissão de fiscalização das contas da igreja. Lelis teria recebido ordens diretas para investigar as finanças da tesouraria, área sob responsabilidade do CEO. Ao tentar cumprir a ordem, teria sido barrado por André com a frase: “Você não tem moral para investigar essas contas.”
O episódio chegou aos ouvidos do pastor José Wellington pai, que imediatamente convocou André para uma reunião com a intenção de formalizar sua demissão. No entanto, ao saber da medida, José Wellington Júnior interveio, deixando claro que, caso André saísse, ele também deixaria a liderança da igreja.
Divisão interna e disputa por poder expõem desgaste familiar
Apesar da tentativa de demissão, o CEO permaneceu no cargo — e José Wellington Júnior também. O impasse escancarou uma divisão interna que se arrasta desde a pandemia de Covid-19, quando José Wellington pai passou longo período internado e, ao retornar, encontrou mudanças significativas na estrutura administrativa e no controle da igreja.
Entre os líderes da denominação, formaram-se grupos de apoio distintos: um leal ao pai e outro alinhado ao filho. Há, inclusive, rumores de que parte da cúpula deseja que outro dos filhos de José Wellington assuma o controle da instituição, aumentando ainda mais a instabilidade.
A tensão atual não é isolada. Em ocasiões anteriores, o pastor José Wellington pai já se manifestou indiretamente sobre reportagens que tratavam de disputas internas, negando algumas informações, mas sem conseguir conter os rumores sobre o racha familiar.
A permanência do CEO, mesmo após o episódio, indica que a liderança da Assembleia de Deus Belém enfrenta sérias limitações para tomar decisões unilaterais sem afetar o equilíbrio político interno.
Enquanto a cúpula busca contornar a crise, fiéis e lideranças regionais aguardam os próximos desdobramentos, temendo que o conflito interno afete a estabilidade da denominação.